Como se locomover em Bariloche
É natural que muitos turistas fiquem confusos ao escolher o meio de locomoção em Bariloche, afinal, esse pequeno detalhe impacta todo o planejamento estratégico da sua viagem.
Apesar da cidade dispor de vários meios de transporte, como ônibus, táxis, remis, transfer e empresas de aluguel de veículos, é preciso avaliar os prós e os contras antes de decidir qual meio utilizar.
Antes de tudo, você precisa saber que a sua forma de locomoção em Bariloche está diretamente associada à época da sua viagem e à localização da hospedagem. Se a sua viagem for no inverno e você não tiver experiência em dirigir na neve, avalie se realmente compensa alugar um veículo. Nessa época há muita precipitação e o clima muda muito.
Quanto à hospedagem, quem se hospeda no centro além de ter um acesso mais fácil ao transporte, também consegue ir a vários locais caminhando. Por outro lado, quem fica distante do centrinho, necessitará de algum veículo para ir às lojinhas, restaurantes e agências.
Neste post, vou explicar como funciona cada meio de transporte em Bariloche e também vou te ajudar a escolher a melhor opção para você e o seu bolso.
Caminhando
Se você estiver hospedado no centro de Bariloche, é bem provável que vá caminhar muito pela região central. O centrinho de Bariloche é uma um lugar que te convida à realização de turismo a pé. A cidade conserva ruas largas, calçadas amplas e um belo calçadão às margens do Lago Nahuel Huapi.
Então que tal dar uma voltinha? É plenamente possível recorrer ao carro, ônibus, táxi ou remis em Bariloche. Mas a melhor forma de conhecer o centrinho é caminhando. Portanto, se o seu preparo físico permitir, opte por conhecer os atrativos do centrinho de maneira saudável e tranquila, interagindo com tudo o que ele oferece e ainda gastando pouco.
Não curte caminhada ou o condicionamento físico não está em dia? Não tem problema! Veja abaixo, as outras maneiras de conhecer San Carlos de Bariloche.
Ônibus
Essa é a maneira mais barata e menos confortável de se locomover em Bariloche. Esse foi um dos meus principais meios de transporte na cidade e não me arrependo.
Para saber a linha, o horário e as paradas do ônibus é bem simples. Basta abrir o Google Maps e colocar a origem, o destino e selecionar o ônibus. Assim, você vai conseguir acompanhar as rotas e os horários dos ônibus em tempo real. Para maiores informações confira o site de turismo da cidade.
Mas preciso ser sincera com vocês. Apesar da economia, os ônibus são velhos, costumam estar cheios e não são nada confortáveis. Vale ressaltar que os ônibus também não possuem sistema para desembaçar o vidro. Então imaginem um ônibus lotado, com temperatura negativa do lado de fora e todos os vidros embaçados por dentro.
É um pouco frustrante, principalmente ao considerar que a cidade vive de turismo. Caberia ao menos uma frota maior de ônibus e um mínimo de conforto.
Cartão SUBE
O transporte público em Bariloche é barato no geral. Uma passagem individual custa 42 pesos argentinos e para usar é necessário comprar um cartão SUBE e carregá-lo nos kioskos. Nos ônibus não aceitam dinheiro.
O cartão SUBE funciona como um bilhete único, sendo possível utilizá-lo em diversas cidades da Argentina.
Táxi
Há uma grande oferta de táxis no centro de Bariloche, então é muito fácil encontrar um disponível. Os táxis são facilmente reconhecidos por suas cores: preto e amarelo, e pelo cartaz luminoso na parte superior dos pára-brisas.
Para saber se o táxi está disponível é bem simples. Há uma placa luminosa na parte superior do pára-brisa com a palavra LIBRE, que fica acesa quando não tem passageiros. Se a luz estiver apagada, é porque o veículo está ocupado.
Assim como no Brasil, os táxis de Bariloche funcionam com o taxímetro. Os valores iniciais no taxímetro não costumam ser caros, mas dependendo da distância o valor pode assustar. A minha dica é: escolha o táxi para se locomover a curtas distâncias. Se for para lugares mais distantes, a melhor alternativa são os remis.
Vai uma dica? Não fique receoso em andar de táxi em Bariloche por causa das inúmeras histórias envolvendo golpes em Buenos Aires. Em Bariloche essa prática é bem menos frequente. Aqui vai algumas dicas que podem te ajudar a não cair em cilada:
- Verifique se o taxímetro está ligado e iniciou com o valor mínimo da corrida
- Utilize o Google Maps durante a viagem, pois assim você consegue acompanhar se o caminho percorrido pelo taxista está correto
- Evite fazer pagamentos utilizando notas altas, para evitar grande prejuízo caso venha a receber nota falsa
Remises
Os remis são carros comuns, sem identificação diferenciada e que funcionam por meio de agências. Geralmente os remis não ficam circulando pelas ruas como os taxistas e funcionam somente quando são solicitados.
O remis costuma ser chamado em caso de viagens mais longas ou agendadas, como por exemplo, ir ao aeroporto, ou um passeio mais distante. Um diferencial do serviço é que o valor da viagem é combinado previamente, portanto, no início da corrida você sabe quanto vai custar todo o percurso.
Esse foi um dos principais meios de locomoção que utilizei em Bariloche. Nos locais onde não chegava ônibus, eu acabava indo de remis.
Mas vá ciente que na alta temporada você dificilmente achará um remis disponível para uma corrida em cima da hora. Nessa época, a oferta de motoristas é muito menor que a quantidade de turistas. Portanto, ao chegar na cidade deixe tudo agendado para não ficar na mão.
Carro
Será que vale a pena alugar um carro em Bariloche? Depende!
O aluguel de carro em Bariloche pode ser interessante se você pretende ficar em um hotel mais distante do centro e ou mesmo se não quer depender de agências de passeios. Ou ainda, se pretende esticar a viagem de Bariloche para outra cidade. Com um carro, você consegue conhecer boa parte das atrações da cidade que são vendidas pelas agências.
Caso queira alugar um carro na sua viagem para Bariloche, eu indico a Rentcars, que é um site que funciona como um comparador de preço e lista ofertas das melhores locadoras de veículos do mundo.
Aplicativos de Locomoção: Uber, Cabify e DiDi
O Uber não é regulamentado na Argentina e até o momento da publicação desse post, o serviço não estava disponível em Bariloche.
Na Argentina os aplicativos de locomoção mais usados são o DiDi e Cabify, mas não cheguei a utilizar nenhum deles em minha viagem, portanto, não posso opinar acerca do seu funcionamento.
Transfer
É possível viajar para Bariloche sem agência? É sim! Não contratei nenhuma agência e fiz todos meus passeios de maneira independente. O lado positivo de fazer tudo por conta própria é a economia e a liberdade em fazer tudo no seu tempo. Entretanto, a agência de turismo te proporciona mais praticidade e conforto. Você é um viajante independente ou prático?
Se você estiver fazendo a viagem a Bariloche na baixa temporada, dá para contratar os tours com as agências quando chegar lá. Se a sua viagem for na alta temporada, a minha recomendação é procurar uma boa agência para deixar tudo agendado.
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