Tudo sobre a Catarata dos Couros
Localizada a 50 quilômetros de Alto Paraíso (20 km de asfalto e 30 km de terra), a Catarata dos Couros é um dos meus locais preferidos da Chapada dos Veadeiros. O local conta com 4 atrativos principais: a Cachoeira da Muralha, a Cachoeira Almécegas 1000, a Cachoeira do Parafuso e a Cachoeira do Bujão.
Além dessas atrações, o complexo ainda possui muitas piscinas naturais, formações geológicas com cânions e mirantes de tirarem o fôlego.
Taxa de visitação e contratação de guia
A entrada na Catarata dos Couros é gratuita, contudo, no estacionamento é solicitado uma contribuição financeira para vigiar os carros. Dessa forma, aconselho levar um dinheiro trocado para pagar os seguranças.
Só lembrando que na área de estacionamento tem uma barraquinha que vende algumas bebidas simples, como água de coco, água mineral e refrigerante. Apesar de não haver comidinhas, no início da trilha você tem a opção de encomendar comida caseira.
Para visitar a Catarata dos Couros não é obrigatória a contratação de um guia, entretanto, é recomendável, principalmente se você não possui experiência com trilhas ou se tem dúvidas sobre o trajeto. Vale lembrar que além de ser responsável por conduzir o grupo e prover sua segurança, o guia também fornece valiosas informações sobre o atrativo.
O guia pode ser contratado no Centro de Atendimento ao Turista de Alto Paraíso, São Jorge ou Cavalcante. Entretanto, recomendo buscar referências do guia antes de agendar o passeio.
O custo do guia gira em torno de R$250, mas o valor pode variar a depender do número de pessoas por grupo. Se pretende economizar, avalie dividir o custo do guia com outros visitantes.
Nota: Como na minha primeira visita a Catarata dos Couros eu havia contratado um guia, me senti segura para ir sem guia dessa vez.
Como chegar
Provavelmente o Google Maps não vai conseguir traçar uma rota para chegar à Catarata dos Couros, como foi no nosso caso. Uma alternativa é recorrer ao aplicativo de trilha Wikiloc, ou utilizar o aplicativo Mapas (para dispositivos iOs).
Partindo de Alto Paraíso é preciso pegar 20 quilômetros de asfalto pela GO-118 (sentido Brasília) e mais 30 quilômetros de estrada de terra, com entrada sinalizada à direita da rodovia (sentido Alto Paraíso – Brasília).
O caminho pela rodovia é bem sinalizado e seguro, mas ao entrar na estrada de terra há poucas placas indicativas. Na estrada de terra há dois pontos com bifurcações, sendo que na primeira bifurcação você vai virar à direita. Na bifurcação seguinte, vire à esquerda. A partir desse ponto é só seguir até o estacionamento.
O início da trilha
A partir do estacionamento a trilha tem 3 quilômetros até a última cachoeira, sendo considerada de nível intermediário. Apesar de não ser muito longa, a trilha é um pouco cansativa, com o terreno acidentado e um pouco íngreme. No entanto, a paisagem faz valer todo o esforço.
Cachoeira da Muralha
A Cachoeira da Muralha marca a primeira queda do passeio e está localizada a apenas 500 metros do estacionamento. A cachoeira tem um paredão de pedras bem grande e conta algumas quedas e três ótimos poços para banho.
Nesse momento um banho seria irresistível não é mesmo? Mas a minha recomendação é deixar para tomar banho na volta do passeio, pois durante a trilha você terá a oportunidade de mergulhar em muitos lugares incríveis. Deixando essa cachoeira para o final, você consegue administrar melhor o tempo em cada parada e chegará fresquinho no carro para a viagem de volta.
Cachoeira Almécegas 1000
Saindo da Cachoeira da Muralha, é preciso seguir pelas margens do Rio dos Couros para chegar na Cachoeira Almécegas 1000 ou São Vicente. Mas antes de chegar na queda, há dois mirantes que rendem fotos incríveis. aszsaa
Caminhando mais alguns metros em uma descida bem íngreme, você chega na Cachoeira Almécegas 1000. Esse é, sem sombra de dúvidas, um dos cartões postais mais bonitos e imponentes da Chapada dos Veadeiros. Trata-se de uma enorme queda d’água em vários degraus, o que torna o visual simplesmente incrível. Chega a ser emocionante ver tão de perto toda a força e beleza da natureza.
A água que desce em degraus se encontrará, formando a queda da Cachoeira Parafuso. Essa cachoeira está logo abaixo, mas como não é possível e nem seguro ir nadando, para chegar até lá será necessário retornar para a trilha novamente.
Cachoeira Parafuso
Antes de chegar na Cachoeira Parafuso seguimos até o final da trilha, onde é possível ver um cânion gigantesco. Essa trilha fica em um precipício e não recomendo esse trecho para quem tem labirintite ou medo de altura. Confesso que me senti muito mal ao ver o abismo.
Da trilha, descemos um paredão de pedras para chegar até a Cachoeira Parafuso. A cachoeira recebe esse nome, pois debaixo da queda forma um redemoinho. Não é raro ouvir relatos de turistas que se aventuraram embaixo da queda e foram sugados pela correnteza. Portanto, seja cauteloso e não se aproxime da queda.
Em frente a queda forma um ótimo poço para banho. Ao lado direito do poço tem um tobogã natural, que garante muita diversão ao passeio. Você só precisa sentar-se na pedra e o movimento da água se encarrega de te levar ao local mais raso.
No local, há um outro poço mais baixo e para chegar até lá alguns turistas saltam das pedras. Parece haver um local específico para saltar com segurança, mas sinceramente, não recomendo essa prática.
Na temporada de chuva, tenha o máximo de cuidado. A catarata de couros tem um volume de água gigantesco e por lá o fenômeno de cabeça d’água é bem frequentes.
Não fomos na Cachoeira do Bujão, que é a quarta e última queda. Segundo o guia que nos acompanhou em nossa primeira visita, a Cachoeira do Bujão tem um acesso mais difícil e fica um pouco abaixo da Cachoeira Parafuso.
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